O Ministério da Educação e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)
foram as áreas mais afetadas pelo corte adicional de R$ 21,2 bilhões anunciado
na semana passada pelo governo. Ao todo, foram contingenciados R$ 13,9 bilhões
dos dois segmentos. Quem mais sofreu foi a Educação.
Em fevereiro, a pasta da Educação já havia sofrido
um corte de R$ 2,216 bilhões. E os gastos do governo com o PAC reduziram R$
4,23 bilhões.
Na
quarta-feira (30), em edição extraordinária, o governo publicou o detalhamento
do novo contingenciamento (bloqueio de verbas) por órgão público, que voltou a
interferir principalmente nos gastos da Educação e do Programa de Aceleração do
Crescimento.
Segundo
o novo decreto de programação orçamentária, o Ministério da Educação perdeu R$
4,27 bilhões. O limite de despesas discricionárias (não obrigatórias) foi
reduzido de R$ 34,43 bilhões para R$ 30,16 bilhões.
Em
segundo lugar estão as despesas do PAC, que tiveram corte de R$ 3,21 bilhões,
passando de R$ 26,49 bilhões para R$ 23,28 bilhões. Em fevereiro, os gastos com
as obras do programa haviam sido reduzidos em R$ 4,23 bilhões
Completam
a lista dos cortes os ministérios da Defesa, que teve o limite de gastos não
obrigatórios reduzido em R$ 2,83 bilhões, da Saúde (R$ 2,37 bilhões), de Minas
e Energia (2,15 bilhões), da Ciência e Tecnologia (R$ 1 bilhão), do
Desenvolvimento Social e Combate à Fome (R$ 852 milhões) e da Fazenda (R$ 847
milhões).
Anunciado
no último dia 22, o contingenciamento adicional foi necessário para fazer o
governo cumprir a meta de superávit primário – economia para pagar os juros da
dívida pública – de R$ 24 bilhões para o Governo Central (Tesouro Nacional,
Previdência Social e Banco Central) estipulada no Orçamento deste ano. Somado
ao corte de R$ 23,4 bilhões anunciados em fevereiro, o bloqueio total de verbas
chega a R$ 44,6 bilhões.
Por
causa da dificuldade em cumprir a meta fiscal mesmo com os novos cortes, o
governo enviou na segunda-feira (28) ao Congresso projeto para alterar a Lei de
Diretrizes Orçamentárias e permitir um déficit primário de R$ 96,7 bilhões em
2016. O resultado negativo poderá chegar a R$ 102,7 bilhões com a renegociação
da dívida dos estados e do Distrito Federal com a União.
(Informações da Agência
Brasil)