A defesa de Dilma Rousseff vai usar as declarações de
Lucio Funaro em sua delação premiada para reforçar o pedido de anulação do
impeachment que a tirou do cargo, em 2016.
O próprio Funaro teria providenciado os recursos, que teriam sido
usados para Cunha “ir pagando os compromissos que ele tinha assumido” com os
parlamentares que votaram contra Dilma.
“Desde o início do processo de impeachment, a defesa da presidenta
eleita Dilma Rousseff tem sustentado que o processo que a afastou da
Presidência da República é nulo”, diz o ex-ministro e advogado da petista, José
Eduardo Cardozo.
“Agora, na delação premiada do senhor Lúcio Funaro, ficou demonstrado
que o ex-deputado Eduardo Cunha comprou votos de parlamentares em favor do
impeachment”, segue Cardozo, em nota.
Ele afirma que a defesa de Dilma “irá requerer, nesta terça-feira,
17 de outubro, a juntada dessa prova nos autos do mandado de segurança, ainda
não julgado pelo STF, em que se pede a anulação da decisão que cassou o mandato
de uma presidente legitimamente eleita”.
Leia, abaixo, a íntegra da
nota de Cardozo:
“1. Desde o início do processo de impeachment, a defesa da presidenta
eleita Dilma Rousseff tem sustentado que o processo de impeachment que a
afastou da Presidência da República é nulo, em razão de decisões ilegais e
imorais tomadas pelo ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e por todos os
parlamentares que queriam evitar “a sangria da classe política brasileira”.
2. Agora, na delação premiada do senhor Lúcio Funaro, ficou demonstrado
que o ex-deputado Eduardo Cunha comprou votos de parlamentares em favor do
impeachment.
3 – A defesa de Dilma Rousseff irá requerer, nesta terça-feira, 17 de
outubro, a juntada dessa prova nos autos do mandado de segurança, ainda não
julgado pelo STF, em que se pede a anulação da decisão que cassou o mandato de
uma presidenta legitimamente eleita.
4. Entendemos que na defesa da Constituição e do Estado Democrático de
direito, o Poder Judiciário não poderá deixar de se pronunciar a respeito,
determinando a anulação do impeachment de Dilma Rousseff, por notório desvio de
poder e pela ausência de qualquer prova de que tenha praticado crimes de
responsabilidade.
Fonte: Folha/via Política em Evidência
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