A publicação é datada de segunda-feira, 02 de janeiro do ano de 2012, escrita pelo o Historiador camocinense, Carlos Augusto dos Santos, em seu Blog Camocim Pote de Histórias. Porém, 6 anos depois a postagem, o texto mostra-se cada vez mais verossímil a realidade atual. Leia abaixo:
"Infelizmente, cada vez que
volto à Camocim, tenho a confirmação de que nos falta uma política cultural.
Prédios históricos continuam sendo tombados literalmente. O da vez são os
antigos armazéns do Llyod Brasileiro, bem ao lado do Cais do Porto.
Por outro lado, a cidade segue praticamente sem espaços culturais. A única
exceção é o NAEC. No entanto, não é por falta de ideias e iniciativas dos
cidadãos de Camocim que isso ocorre. É puramente descaso administrativo que há
décadas atravessa a mesmice dita cultural, através da política de eventos,
traduzida na realização das festas de Reveillon, Carnaval, Festival de
Quadrilha e um Salão de Artes, dentre outras. Nada contra os eventos, eles são
importantes para solidificar uma tradição. No entanto, diante da gama de
talentos nas mais diversas áreas da cultura camocinense, a falta de
equipamentos como um teatro, um cinema, ou mesmo um simples Ponto de Cultura, é
um absurdo total!!! Esse é o papo que travo com um cidadão camocinense que, por
iniciativa própria se dirige até ao Ministério da Cultura em Brasília
e protocola um pedido para a construção de um centro cultural (bem que
poderia ser no antigo Sport Club da foto acima). Pois bem, depois de
registrado o pedido do Sr.FRANCISCO SAMARONE BRITO XAVIER, o mesmo recebe Ofício
Nº 1323 do Gabinete da Ministra Anna Maria Buarque de Holanda. Todo
esperançoso, o supracitado se dirige ao Gestor Municipal com a
missiva ministerial certo de que sua proposição terá acolhida, visto que, à
municipalidade é pedido apenas um projeto neste sentido. No entanto, me
confessa o jovem Samarone sua decepção face à resposta oficial de que "aquilo
não tinha futuro". Futuro não terão os jovens camocinenses, órfãos dos
equipamentos e dos meios de transmissão cultural mais básicos, tão necessários
à sua formação."
Foto: André Martins/CPN
Texto: Carlos Augusto dos Santos
Infelizmente a cultura em Camocim, está voltada para as folhas de ruas, pois essas trazem visibilidade momentânea. Os administradores não pensam no futuro, nos jovens e nos talentos aqui existentes. Confesso a minha grande decepção com a politicagem da nossa cidade que só pensam neles. Uma cidade sem educação e cultura está condenada ao insucesso.
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