O Programa Mais Médicos, no
Ceará, está na UTI. Essa é a avaliação de secretários de Saúde de alguns
municípios do Estado. O Ceará oferece 1.700 vagas para cadastrados no projeto,
mas 960 delas estão ociosas (56,4%). O edital de substituição dos médicos
cubanos ofereceu 560 vagas, contudo somente 50 foram preenchidas. Outras 450
precisam de reposição devido ao fim do contrato com os profissionais médicos,
que ainda aguardam edital de substituição há um ano e meio.
Os números são do Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Ceará
(Cosems). "Vários médicos assinaram o contrato, mas quando chegam nas
cidades só trabalham um dia, não gostam, vão embora", explicou a
presidente do Cosems, Sayonara Moura. "Alguns entraram na Justiça para
trabalharem em cidades maiores", acrescentou.
Os médicos cubanos saíram do programa há quatro meses. Sem assistência
médica aos moradores das localidades mais isoladas do sertão, o quadro é
considerado grave e preocupante pelo Cosems. "As famílias pobres estão
sofrendo, sem assistência", pontuou Sayonara Moura. Ela disse que os
números mudam a cada dia porque os médicos estão deixando o programa e não há
reposição.
Diário do Nordeste
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