Familiares de sete pescadores desaparecidos há
cerca de 20 dias, na praia de Camocim, buscam
informações sobre os trabalhadores, que sumiram após embarcarem em uma lancha
no litoral. O último contato com o grupo feito aconteceu no dia 20 de
abril, quando a esposa de um dos tripulantes conseguiu falar com o marido
por meio de rádio.
"Fiz a última comunicação
no dia 20 com meu esposo. Aí fomos para outro canal e não tinha mais
comunicação. Eu disse que no outro dia falaria com ele, mas já no outro dia não
tinha mais nada. E todo dia tinha essa comunicação", disse Bruna
Vasconcelos, esposa do pescador Alexandro Ribeiro.
Mesmo com as buscas realizadas
pela Marinha,
os parentes pedem mais empenho. Ainda de acordo com os
familiares, o grupo de amigos costuma pescar e passar muitos dias em
alto mar.
"Sei que a Marinha está
trabalhando, mas tem que empenhar muito mais. São sete vidas, sete pais de
famílias dentro da embarcação. A gente não dorme, as famílias estão todas
abaladas", disse, emocionada, Ernanda Rocha, esposa do pescador Duval da
Silva, que está entre os desaparecidos.
O Sistema Verdes Mares procurou
a Marinha para obter mais detalhes sobre as buscas e a corporação informou
que as respostas serão apresentadas "com a brevidade possível".
O pescador José Eduardo Matos,
padrasto de dois tripulantes, explicou que a embarcação não tem
equipamentos de comunicação suficientes. "Se tivesse outro rádio de
reserva, eles já entrariam em contato. O que preocupa também é que ninguém tem
comunicação com eles", disse.
Diário do Nordeste
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