O Ministério Público do Estado
do Ceará (MPCE) pediu à Justiça a prisão preventiva do médico José Hilson de
Paiva, prefeito afastado de Uruburetama. Hilson de Paiva é investigado por
abusar sexualmente de pacientes e filmar as abordagens criminosas em consultório.
O requerimento foi formulado
pelo MPCE por meio da Promotoria de Justiça de Uruburetama.
O pedido do Ministério Público
destaca que, mesmo afastado de ambas as funções, Hilson de Paiva é influente no
município e no meio político cearense. Conforme o MPCE, ele seria capaz de
coagir, constranger, ameaçar, corromper e praticar atos que podem comprometer a
investigação do MPCE e da Polícia Civil.
A Promotoria de Justiça de
Uruburetama ouviu quatro mulheres que relataram ter sido vítimas do prefeito e
instaurou Notícia de Fato após a divulgação dos primeiros vídeos, em março do
ano passado.
A Polícia Civil abriu
inquérito policial logo após o MP solicitar informações sobre o caso. A Polícia
chegou a sugeriu o arquivamento do caso com a conclusão do inquérito em
dezembro de 2018, mas o MPCE pediu que a Polícia fizesse novas diligências.
Já na área cível, a Promotoria
ajuizou uma Ação Civil Pública (ACP) por improbidade administrativa em desfavor
de José Hilson, também no fim do ano passado.
Em junho deste ano, antes da
divulgação de novos vídeos pela imprensa nacional, o MPCE instaurou outro procedimento.
O Núcleo de Investigação Criminal (Nuinc), responsável pelo procedimento, ouviu
seis vítimas e uma testemunha.
Com a divulgação dos novos
vídeos, a Polícia instaurou novo inquérito no último dia 15. Novas vítimas
começaram a ser ouvidas em Uruburetama. De acordo com o MPCE, no mínimo 18
vítimas já foram identificadas e serão convidadas para prestarem depoimento.
Além da Promotoria de
Uruburetama, a Promotoria de Justiça de Cruz recebeu depoimentos das
primeiras quatro vítimas que se apresentaram à delegacia após a divulgação dos
vídeos na imprensa. O MPCE informou que, antes disso, não havia denúncias
contra José Hilson.
Via Opovo
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