Fogos
de artifício riscam o céu do sertão cearense. Em fila, veículos seguem em
carreata, enquanto um grupo vestido de verde e amarelo grita o nome do deputado
federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ).
Não
é um ato de campanha. O grupo está apenas “inaugurando” um outdoor em apoio ao
candidato, instalado numa das principais avenidas de Sobral, quinta maior
cidade do Ceará e principal reduto de outro presidenciável: Ciro Gomes (PDT).
Em Garanhuns (PE), cidade
natal do ex-presidente Lula (PT), uma placa foi instalada na entrada na cidade:
“É melhor Jair se acostumando”.
Peças em homenagem ao
pré-candidato a presidente Jair Bolsonaro, primeiro colocado nas pesquisas no
cenário sem Lula, espalharam-se pelo país. A reportagem contabilizou pelo menos
uma centena de cidades que já receberam outdoors com a imagem do deputado e frases
que exaltam sua carreira.
O movimento tem maior força no
Nordeste - só em Pernambuco há placas em 17 cidades, incluindo um outdoor digital
no Recife.
As propagandas são pagas por
grupos de direita, que se mobilizam em vaquinhas virtuais e vendas de camisas e
adesivos para arrecadar fundos. Mas também há propagandas bancadas por
entidades civis -o Atire (Associação de Tiro do Recife) pagou o outdoor virtual
na capital pernambucana.
Todos os movimentos ouvidos
pela reportagem afirmam que Bolsonaro não tem participação nesses atos e nem
contribuiu financeiramente com eles.
Somente no site “Vakinha”, há
34 grupos arrecadando recursos para instalar um outdoor de Bolsonaro, cujo
custo varia de R$ 600 a R$ 2.000. Movimentos de Natal (RN), Taubaté (SP) e
Poços de Caldas (MG) já bateram a meta para bancar a publicidade.
Outdoors são questionados pelo Ministério Público Eleitoral
Os outdoors têm sido questionadas
em alguns Estados pelo Ministério Público Eleitoral, que considera as
homenagens uma forma de propaganda eleitoral antecipada. A propaganda eleitoral
só será liberada a partir de 16 de agosto. Durante a campanha, porém, os
outdoors são proibidos.
As placas foram alvo de ações na
Justiça Eleitoral da Bahia, de Rondônia, de São Paulo e do Espírito Santo. No
caso baiano, foram consideradas legais pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral),
em decisão monocrática do ministro Luiz Fux.
O ministro argumentou que a
lei eleitoral de 2015 só considera propaganda antecipada o pedido explícito de
voto.
Para o procurador Regional
Eleitoral da Bahia, Cláudio Gusmão, mesmo sem pedido expresso de voto, os
outdoors têm nítido pretexto eleitoral. Ele critica a decisão do TSE de liberar
as propagandas.
“É paradoxal que um tipo de
mídia que é proibida no período eleitoral seja usada pra promover
pré-candidatos fora do período de campanha”, afirma.
Para evitar a classificação
como propaganda eleitoral antecipada, os grupos de direita dão dicas: as placas
não podem ter as palavras “vote”, “presidente” e, se possível, melhor evitar
até mesmo “2018”.
Foto: Wellington Macedo
E MELHOR "JAIR " SE ACOSTUMANDO .A CHIBATA VAI COMER NAS FACÇÕES POLÍTICAS E CRIMINOSAS Q SUGAM O DINHEIRO PÚBLICO.
ResponderExcluirO CHERADOR JÁ ESCOLHEU O SEU VICE , FERNANDINHO BEIRA-MAR KKK. A "PÓ"EIRA VAI SUBIR . E MELHOR "JAIR" SAiNDO FORA , A CHIBATA VAI COMER NAS FACÇÕES POLÍTICAS CRIMINOSAS . EMCLUZIVE NESSES CANDIDATOS AI .
ResponderExcluirEu também apoio político HONESTO.
ResponderExcluirBOLSONARO 2018!
Eu também apoio político HONESTO.
ResponderExcluirBOLSONARO 2018!