O ex-tesoureiro da prefeitura
de Camocim, Felipe Araújo Veras, não compareceu ao depoimento na Promotoria de
Justiça local, marcado para ontem. Foi ele o servidor que transferiu R$ 552 mil
de verbas do tesouro municipal para golpistas que teriam clonado o celular da
prefeita da cidade, Mônica Aguiar (PDT). Na próxima semana, a gestora será
convocada para também dar explicações ao Ministério Público (MP) sobre o caso.
Veras não foi localizado para
a intimação. O ex-programador financeiro não é visto em Camocim desde a manhã
de quarta-feira, segundo as informações obtidas pela promotoria. Ele iria
esclarecer por que fez as cinco transferências bancárias acatando apenas
orientações recebidas via WhatsApp - o que quebra regras de liberação de verbas
públicas.
As mensagens pedindo as
movimentações abasteceram três contas dos bancos Inter, Banco do Brasil e Caixa
Econômica sediadas em São Luís, no Maranhão, confirme O POVO mostrou em
reportagem nas últimas terça e quarta-feira. O golpe aconteceu na tarde da sexta-feira
da semana passada, dia 30. Só teria sido percebido momentos depois das
transações. No dia seguinte, foi narrado num Boletim de Ocorrência registrado
na Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF), em Fortaleza.
O promotor de Justiça de Camocim,
Evânio Mota Filho, remarcou o depoimento do ex-tesoureiro para a próxima
semana. Ele também reagendou a oitiva da chefe de gabinete da prefeita, Betinha
Magalhães, que também seria ontem. Considerou que o depoimento de Veras é
prioridade para entendimento dos fatos.
O MP quer ter acesso a
documentos que comprovem se as contas no Maranhão tiveram os repasses
bloqueados. Apenas na tarde de domingo, a procuradoria de Camocim obteve
liminar ordenando o bloqueio das transferências. A documentação era esperada
para os depoimentos de ontem, mas não foram apresentados.
Ontem, o vereador Francisco
Vaguinho Monteiro apresentou na Câmara Municipal a denúncia de infração
político-administrativa e formalizou o pedido de cassação do mandato da
prefeita Mônica Aguiar. Hoje pela manhã, o promotor Evânio Mota Filho terá
reunião na sede da Procuradoria dos Crimes contra a Administração Pública
(Procap), em Fortaleza, para discutir o caso.
No Jornal O Povo
e so botar a FEDERAL atras dele q ele já já aparece. a roubalheira tá grande em Camocim. as FACÇÕES POLÍTICAS CRIMINOSAS ESTÃO CORTANDO TRILHO COM A FEDERAL.
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