O promotor de Justiça de
Camocim, Evânio Mota Filho, confirmou que irá ouvir amanhã, ou no máximo até
sexta-feira, o depoimento do ex-programador financeiro da cidade, Felipe Araújo
Veras. Ele executou as cinco transferências e disse acreditar que estava conversando
com a prefeita da cidade. A pedetista Mônica Aguiar assinou portaria exonerando
o tesoureiro - que não era funcionário público local. O POVO não conseguiu
contato para falar com Veras. Além do ex-tesoureiro, gestores da área
administrativa e de finanças também deverão ser convocados para depoimentos.
O promotor disse que poderá
requisitar quebra de sigilos bancários e telefônicos. O Ministério Público (MP)
requisitou que a administração municipal responda, em até 48 horas, detalhes
das movimentações bancárias registradas no episódio. Também deverá confirmar a
origem do recurso e saber de procedimentos adotados pelos gestores de Camocim.
"Pelo que se lê no B.O, a operação foi um absurdo. Teria que ser um secretário específico (para movimentar). Parecia uma bodega, com tamanha facilidade para receber esse dinheiro", comparou Evânio Mota. Os R$ 552 mil repassados aos fraudadores foram enviados em cinco operações para três contas bancárias dos golpistas.
"Pelo que se lê no B.O, a operação foi um absurdo. Teria que ser um secretário específico (para movimentar). Parecia uma bodega, com tamanha facilidade para receber esse dinheiro", comparou Evânio Mota. Os R$ 552 mil repassados aos fraudadores foram enviados em cinco operações para três contas bancárias dos golpistas.
A investigação pelo MP
Estadual, na comarca local, vai apurar se houve o crime de improbidade
administrativa, por fugir de normas padrões de repasse de verba pública, ou se
foi constatado o crime comum na retirada do dinheiro pelos fraudadores. A
Procuradoria dos Crimes contra a Administração Pública (Procap), outro núcleo
do MP, irá apurar a hipótese de crime considerando a prerrogativa de função da
prefeita Mônica Aguiar.
"O fato existe. Se tiver
o envolvimento de agente com prerrogativa de função, fica na Procap. Se for
crime comum e os administradores foram vítimas, ou se o agente não tem
prerrogativa, fica na comarca", explicou a coordenadora da Procap, Vanja
Fontenele. O procedimento foi instaurado ontem.
Ontem, seis vereadores de
Camocim, incluindo um do partido da prefeita (PDT), apresentaram representação
ao MP cobrando responsabilidades de Mônica Aguiar e do ex-tesoureiro Felipe
Veras. Apontam crimes supostamente cometidos como peculato, corrupção passiva
ou prevaricação.
Segundo o procurador estadual
de contas, Gleidson Alexandre, o caminho para liberação de uma verba pública
não pode acontecer a partir de uma troca de mensagens. "O caminho normal é
o empenho, a liquidação e depois o pagamento. Não se transfere dinheiro público
dessa forma, pelo telefone".
Ressalta que esse percurso
burocrático é uma forma de dar segurança ao dinheiro público. "O
tesoureiro não poderia agir dessa forma".
Jornal Opovo
ESSE BICHIM E LARANJA ,NÃO DEIXA DE COMER TAMBÉM . A POLÍCIA FEDERAL ESTÁ DE OLHO NAS FACÇÕES POLÍTICAS CRIMINOSAS.
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