O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse
nesta quarta-feira (23) em entrevista à agência Bloomberg que eventuais
irregularidades cometidas por seu filho, o senador eleito Flávio Bolsonaro,
terão de ser punidas. "Se por acaso ele errou e isso for provado, lamento como pai, mas ele
terá de pagar o preço por esses atos que não podemos aceitar", afirmou.
O Coaf (Conselho de Controle
de Atividades Financeiras) considerou suspeitos 48 depósitos em dinheiro na
conta do deputado estadual e atual senador eleito. Os depósitos, sempre no
valor de R$ 2.000, totalizando R$ 96 mil, foram feitos entre junho e julho de
2017 no autoatendimento da agência bancária que fica dentro da Alerj
(Assembleia Legislativa do Rio).
O órgão de combate à lavagem
de dinheiro também identificou movimentação atípica na conta de Fabrício
Queiroz, ex-assessor de Flávio e amigo da família. Queiroz recebeu, por
exemplo, transferências de outros funcionários do gabinete de Flávio e deu um cheque de R$ 24 mil à primeira-dama
Michelle Bolsonaro.
Na terça (22), uma operação
deflagrada pelo Ministério Público para prender suspeitos de chefiar milícias no Rio de Janeiro agravou
a situação de Flávio. O deputado empregava como assessoras em seu gabinete, até
novembro do ano passado, a mãe e a mulher do ex-capitão da PM Adriano Magalhães
da Nóbrega, 42, suspeito de comandar milícias que atuam na zona oeste.
Bolsonaro deu entrevista ainda
a Lally Weymouth, editora-associada sênior do jornal Washington Post, antes de
cumprir a agenda oficial do Fórum Econômico Mundial.
O material deve ser publicado na sexta-feira (25).
Nesta tarde, Bolsonaro tem
reuniões com os primeiros-ministros da Itália,Giuseppe
Conti, e do Japão, Shinzo Abe, e com o presidente da
Suíça, Ueli Mauer, antes de um diálogo diplomático e de um jantar em torno da
América Latina.
Via Diário do Nordeste
Via Diário do Nordeste
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